quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Alimentação de Éguas em Gestação
Considerações Gerais:
A má nutrição é um dos maiores responsáveis pela infertilidade da égua.
Sua importância é notadamente subestimada.
Quando a alimentação é deficitária, podem ocorrer problemas na ovulação (cio não fértil), na nidação (fixação do embrião no útero) e na gestação, e mesmo na viabilidade do feto.
No momento que a má nutrição é grave e extensa, ocorrem abortos (que predispõe a complicações infecciosas que comprometem a fertilidade) ou simplesmente o nascimento de prematuros, ou mesmo, de potros fracos, pouco resistentes, que ficam sujeitos a natimortalidade.
Para prevenir a infertilidade de origem nutricional, a dificuldade prática reside na detecção do erro no arraçoamento, onde devemos adequar os aportes protéicos, minerais e vitamínicos conforme as necessidades do animal.
Nível Alimentar:
De um modo geral, a égua reprodutora é exposta a uma superalimentação no final da gestação e a uma subalimentação no início da lactação.
A superalimentação no final de gestação é freqüente mesmo se o apetite for débil. As necessidades energéticas da gestação são moderadas, pois a égua se beneficia do “anabolismo da gestação”, que se caracteriza por uma melhora no rendimento alimentar graças às secreções hormonais, favoráveis ao anabolismo.
A subalimentação no início da lactação procede de um aumento das necessidades energéticas relacionado à produção leiteira. Ela induz a um emagrecimento mais acentuado quanto mais gorda estiver a égua no momento do parto e quanto mais ascendente for produção de leite.
O déficit energético provoca uma hipoglicemia que origina uma inatividade ovariana (anestro) e retardamento da fecundação (de pelo menos um mês).
Primeira Fase de Gestação (1o. ao 8o. mês)
Após a fecundação, a égua deve manter seu peso, ou mesmo engordar se estiver muito magra. Nesta fase, ocorre um crescimento de cerca de 1/3 do tamanho do feto. As necessidades da mãe são ligeiramente superiores às de manutenção.
Um volumoso de ótima qualidade, mineralização adequada e um mínimo de concentrado de qualidade são suficientes para suprir suas necessidades nessa fase.
Segunda fase de Gestação (9o. ao 11o. mês)
Nesta fase ocorre um aumento muito grande das necessidades nutricionais da égua.
Há um crescimento de 2/3 do tamanho do feto neste período.
A alimentação fetal é prioritária em relação à mãe, inversamente do que ocorre no início da gestação. Está sendo definido todo o “futuro potencial” do potro, isto é, todo o potencial de crescimento do potro.
Nesta fase também, a égua deve adquirir uma Reserva Corpórea, para que, no início da Lactação não ocorra uma perda excessiva de peso, devido às elevadas necessidades energéticas desta fase.
Uma égua deve ganhar aproximadamente 13% de seu peso durante a gestação, sendo 10% nesta fase.
Superalimentação:
Devemos ter cuidados com uma superalimentação que pode acarretar problemas graves e importantes, devido ao excesso de gordura da mãe e do feto, como dificuldades no parto e diversas complicações associadas (retenção de placenta, metrite) e nascimento de um potro frágil que sofreu durante o parto.
Equilíbrio Alimentar:
Um bom estado corporal da égua no momento do parto é uma garantia do nascimento de um potro saudável e com ótimo desenvolvimento pós-natal.
Uma complementação concentrada adequada no final da gestação possui vantagens como:
Ø Compensar a queda de apetite momentos antes do parto, permitindo a manutenção do bom estado corporal.
Ø Estimular o desenvolvimento fetal, assegurando o nascimento de um potro saudável com maturidade.
Ø Ativar a produção de imunoglobulinas (anticorpos) para a produção de um colostro de excelente qualidade, que promova ótima proteção antiinfecciosa.
Ø Promover alta produção leiteira favorável ao crescimento inicial do potro.

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